Certificados de Aforro com novas regras
Governo altera remuneração a partir de setembro. Subscrição de certificados do Tesouro foi suspensa
As condições de remuneração dos Certificados de Aforro das séries B e C passam a ter um prémio fixo a partir de setembro, ficando em ambas as séries com um retorno de cerca de 3,2 por cento.
Em comunicado emitido esta noite, o Ministério das Finanças refere que, no caso da série B, a melhoria da remuneração traduz-se num aumento do prémio fixo de 1,0 por cento (100 pontos base), o que se reflete numa remuneração atual de 3,2808 por cento.
Para a série C, o Governo decidiu suspender o prémio atual e substitui-lo por um prémio fixo de 2,75 por cento (275 pontos base), obtendo-se uma remuneração atual de 3,268 por cento.
Tanto a série B como a série C serão indexadas a taxas de juro de curto prazo, esclarece a nota do Ministério das Finanças, acrescentando que estas condições excecionais de remuneração vão vigorar de 1 de setembro deste ano a 31 de dezembro de 2016, data após a qual serão retomadas as condições originais, estabelecendo-se um limite máximo de remuneração de 5 por cento.
O Instituto que gere a dívida pública portuguesa anunciou também esta quinta-feira que serão suspensas as subscrições de Certificados do Tesouro a partir de 1 de setembro, inclusive, apenas dois anos após serem criados.
O Governo justifica a decisão com «o desinteresse gradual dos investidores», tendo, por isso, determinado a suspensão «com efeitos imediatos» deste instrumento de poupança.
A tutela aponta que, apesar de o processo de ajustamento da economia portuguesa em curso estar a ser acompanhado por um aumento da poupança das famílias, isso «não se tem refletido num aumento de procura dos Certificados de Aforro, nem mesmo na retenção de poupanças de longo prazo, tradicionalmente estáveis».
O ministério de Vítor Gaspar argumenta ainda a decisão com a «desadequação das atuais condições de remuneração dos Certificados de Aforro das Séries B e C», bem como com a «muito reduzida captação de novas poupanças para a Série C, atualmente em vigor».
Por isso, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), que gere a dívida pública nacional, está «a estudar a criação de novos produtos de poupança» cuja subscrição será disponibilizada «oportunamente», avança a nota da tutela.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/