Certificados de aforro pagam taxa de 3,178% em Fevereiro
Os certificados de aforro vão oferecer um juro mais atractivo a partir do próximo mês. Dada a subida recente da Euribor, a taxa aplicada às subscrições realizadas em Fevereiro vai voltar a aumentar, após quatro meses consecutivos em queda. A rendibilidade deste produto de poupança do Estado subirá, assim, para os 3,178%.
A subida da rendibilidade deste produto explica-se pelo comportamento recente das taxas interbancárias, as Euribor. A taxa a 3 meses, que serve de base para o cálculo do juro dos certificados de aforro tem vindo a valorizar, tendo fixado mesmo um máximo desde 24 de Setembro nos 0,224%. Está já bastante distante do mínimo histórico de 0,181% fixado em meados de Dezembro.
Considerando as últimas 10 sessões até ao antepenúltimo dia deste mês, e adicionando o prémio de 275 pontos-base, a taxa vai subir para dos actuais 3,156% para 3,178%, em Fevereiro, um nível a que não estava desde Outubro. Por isso, quem está a pensar em subscrever certificados de aforro, mais vale aguardar uns dias para garantir uma rendibilidade mais elevada para os três meses seguintes.
O juro bruto é o mais acentuado em quatro meses. Em termos líquidos, no entanto, o retorno será apenas o mais elevado desde estes mês, isto porque desde dia 1 de Janeiro que os rendimentos de capital passaram a ser tributados com uma taxa de 28%, contra os 26,5% a partir de Novembro e os 25% anteriores. A taxa líquida ascenderá a 2,228%.
Atrair mais investidores
A subida das taxas de mercado é mais um incentivo ao investimento neste produto, numa altura em que os juros praticados nos depósitos estão a baixar. Desde que o Governo reviu o prémio dos certificados, em Setembro, o ritmo de saída baixou consideravelmente, já as subscrições aumentaram. De tal forma que o saldo em Dezembro voltou a ser positivo, algo que já não acontecia desde o mês de Março de 2009.
As subscrições superaram os resgates em um milhão de euros, reduzindo o saldo negativo do ano para 1.714 milhões de euros. Este ano, o Governo acredita que será captar de captar poupanças dos portugueses, tendo definido como objectivo um saldo líquido positivo no valor de 144 milhões de euros.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/