Certificados de aforro captam 10 milhões em Fevereiro
Os certificados de aforro voltaram a registar um saldo positivo. Em Fevereiro, as subscrições superaram em 10 milhões de euros o valor total resgatado pelos portugueses, de acordo com os dados divulgados pelo IGCP. Capitalização continua a explicar o resultado positivo.
No Boletim Mensal, a entidade liderada por João Moreira Rato refere que foram efectuados resgates num valor de 60 milhões de euros, em Fevereiro. Ao mesmo tempo, deram entrada 70 milhões de euros, o que resulta num diferencial positivo de 10 milhões de euros. Em Janeiro tinha sido de 15 milhões.
Apesar do resultado positivo, na realidade não está ainda a entrar dinheiro fresco nos certificados. Este comportamento é explicado, essencialmente, pelo efeito de capitalização, em que os juros ganhos trimestralmente são depositados na conta dos títulos, funcionando como um reforço automático da poupança.
Com a revisão em alta da remuneração, em Setembro, o aumento do montante aplicado em certificados por via do efeito da capitalização passou a ser também maior. O que explica o saldo positivo registado nos últimos meses. Mas a realidade é que as novas subscrições continuam a ser inferiores aos resgates.
Taxas continuam a subir
Apesar da inversão da tendência registada em meados de Fevereiro, a média da Euribor a 3 meses nas últimas 10 sessões até ao antepenúltimo dia do mês (período considerado pelo IGCP para o cálculo da taxa aplicada aos certificados de Aforro) foi mais elevada do que em Janeiro. E isso fez subir os juros para as subscrições em Março.
Aplicando o prémio de 2,75% que passou a vigorar a partir de Setembro, para a Série C (a única em comercialização) a taxa bruta anual para os três meses seguintes à subscrição (ou renovação) em Março, é de 3,189%.
Este foi o segundo mês consecutivo que a taxa oferecida por este produto aumentou, distanciando-se cada vez mais da rentabilidade oferecida pelos depósitos a prazo comercializados pela banca. A taxa média oferecida pelo sector financeiro para as novas aplicações com um prazo fixou-se, em Janeiro, nos 2,47%.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/m