Juros dos certificados em mínimos de cinco meses
Os cálculos realizados pelo Negócios colocam a taxa bruta anua, para os próximos três meses nos 3,17%. Este juro compara negativamente com o de 3,177% oferecido aos investidores que subscrevam estes títulos durante este mês, sendo o mais baixo desde Janeiro (altura em que a taxa praticada estava nos 3,156%).
Esta queda é explicada pela descida do indexante de base dos certificados, a Euribor a 3 três meses, que corrigiu dos ganhos recentes perante o novo corte da taxa de referência da Zona Euro. E também a possibilidade de a taxa de depósitos do BCE passar para negativo, com Mario Draghi a forçar os bancos a emprestarem dinheiro entre si.
A média da Euribor nas 10 sessões até ao antepenúltimo dia de Maio foi de 0,2%. A esta passou a ser adicionada, desde Setembro, um prémio fixo de 275 pontos-base, que fez disparar a rendibilidade deste produto do Estado, superando o retorno oferecido pelos bancos nos depósitos a prazo. A taxa média nas aplicações a um ano era, em Março, de 2,35%. A revisão em alta da taxa dos certificados permitiu estancar a fuga de dinheiro destes títulos.
Contudo, não está a conseguir atrair tanto financiamento quando o desejado pelo Executivo. Desde o início do ano foram subscritos, em termos líquidos, apenas 22 milhões de euros. Extrapolando do primeiro quadrimestre os próximos dois, os certificados poderão fechar 2013 com um saldo de 66 milhões. É menos de metade dos 144 milhões previstos no Orçamento do Estado.
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