Certificados de aforro com saldo negativo de 2,3 mil milhões
Até Junho os portugueses apenas subscreveram 195 milhões de euros de certificados de aforro e resgataram 2.521 milhões.
As subscrições de certificados de aforro atingiram em Junho o valor mínimo desde, pelo menos, 2003. De acordo com o boletim mensal de Julho do IGCP, o valor de subscrições foi de apenas 28 milhões de euros contra 332 milhões de euros resgatados.
Este foi o trigésimo mês consecutivo de subscrições líquidas negativas. É também um valor recorde em termos semestrais, com as famílias portuguesas a retirarem dos certificados de aforro 2.521 milhões de euros, cerca de 1,3 vezes mais que o registado em todo o ano de 2010.
Contabilizando as novas subscrições de apenas 195 milhões de euros, obtêm-se um saldo líquido de subscrições negativo de 2.326 milhões de euros. Um valor recorde.
Numa situação diferente estão os certificados do Tesouro que voltaram a somar um saldo líquido mensal de subscrições positivo: 24 milhões de euros.
Nos primeiros seis meses do ano os cofres do Estado registaram a subscrição de 722 milhões de euros em certificados do Tesouro e o resgate de 170 milhões de euros. Contas feitas, o saldo líquido de subscrição destes instrumentos foi de 552 milhões de euros no primeiro semestre de 2011.
Recorde-se que a taxa de juro bruta para novas subscrições de certificados de Aforro, Série C, em Julho de 2011 foi fixada em 1,533%, enquanto a taxa ilíquida dos juros dos certificados de aforro em Julho fixou-se nos 7,1%, para uma aplicação a 10 anos.
fonte:http://economico.sapo.pt/